Eles vestiram
suas roupas sujas
e saíram de casa
e suas mãos
se desmanchando
em linhas de sangue
borraram a lã dos cordeiros
e as amendoeiras.
Nossas tias lamentavam a lua,
o tapete que teciam,
a voz de esmeralda
da menina caída no poço.
Eles não sabiam,
mas estávamos lá.
Bebemos em silêncio
o sêmen ainda quente do morto.
Micheliny Mimi Verunschk
Poema publicado na revista Coyote #6
Quem estiver procurando este e outros números da revista
encontra aqui:
Nenhum comentário:
Postar um comentário