Meu corpo cansado segue por caminho ermo
à deriva no espaço, que lhe consome inteiro,
espreitando pelos becos da noite o seu termo
no trajeto de um tempo que lhe é certeiro.
Segue à procura do elo que não se fecha nunca
e a buscar estrelas na escuridão da noite,
na imensidão que lhe reveste a alma
de culpas e dores que lhe servem de açoite.
Meu eu_indivisível elo entre a mente e o corpo
insistindo na fadiga das horas marcadas a ferro
que tangencia a pele,deixando rastros,
e fragmentos da prisão d'alma em que me encerro.
Esse corpo que se funde aos meus instintos
como palco de prazeres amenos e profanos
sobrevive na junção exata do todo inseparável
e ao universal dilema do existir humano.
MARCIA TIGANI_
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