Garimpo pérolas perdidas da delicadeza
em flores perfumadas no jardim da realeza
encontro fragmentos de seres travestidos de odaliscas
em véus transparentes,adornados, em flores de almiscar
Escondem suas indelicadezas num bau cerrado...
cheio de intelectos destroçados e corações macerados
com suas almas decadentes, escurecidas
contraem dúvidas em virtudes distorcidas
Quebro todas as taças em desamores.
Fujo da indelicadeza como num circo de horrores
contemplo a delicadeza da nascente verdejante
me despeço dessas certezas mirabolantes
filhos de guetos escuros assombrados
com seus intelectos deteriorados
como remanescentes de pesticidas
fabricam emoções em sutilezas, amortecidas
descomunhados de afetos sutis, fecham alas
caminham em minorias disfarçadas, como bengalas
em solidariedades camufladas emperradas
cravam seu vigor, seus ímpetos, em afetos sem alma...
caminham na escuridão permanentemente
não conseguem ver a claridade reluzente
de seres sóbrios de almas aclareadas...
de vidas coloridas, cantantes, amadas....
vestidos de jagunços da força, da vaidade
forçam a barra, contaminam a garra
permancem escamoteados, vagueando no lixo
encontrando assim, seu habitat, seu nicho
Filhos da penuria e da aflição
se afugentam na garoa da escuridão
sem alma, sem aconchego,
voam como morcegos,
não suportam a claridade do dia,
se entregam ao torpor de suas vidas vazias...
fantasmas do desamor,
remanescentes do circo do horror,
irmãos da não cordialidade
remanescentes da rancorosidade
seres contaminados,
perdidos, afugentados........
The end
Luiza Silva Oliveira
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