De Mara Paulina Arruda
Eu vi uma nuvem de poeira.
Veio do caminhão que passou voando agorinha. Quem dirigia o caminhão era Janio. Ele queixava-se das dores nos ossos do braço e dizia: um sujeito com um osso quebrado sabe o que vem por ai! E sentindo-se na maior roubada de sua vida contava das agruras passadas no ritmo lento dos seus dias. Aquele peixe tem duas camadas de limo. Se ele fosse poeta faria um poema sobre isso, mas ele não é poeta! E tanta gente já fez poesia sobre as amarguras da vida que nem vale à pena pensar sobre isso.
Numa curva olhou para mim, pensou um pouco, falou a palavra esquecimento, citou Jorge Luis Borges e retornou ao assunto do osso quebrado: É muito empenho fazer rimas, rascunhar pautas, escolher palavras como quem escolhe feijão... E com essas minhas dores não vou conseguir fazer um bom poema. Já me basta carregar essas azaléias.
Sério,
Será que é previsão de chuva?
Eu vi uma nuvem de poeira.
Veio do caminhão que passou voando agorinha. Quem dirigia o caminhão era Janio. Ele queixava-se das dores nos ossos do braço e dizia: um sujeito com um osso quebrado sabe o que vem por ai! E sentindo-se na maior roubada de sua vida contava das agruras passadas no ritmo lento dos seus dias. Aquele peixe tem duas camadas de limo. Se ele fosse poeta faria um poema sobre isso, mas ele não é poeta! E tanta gente já fez poesia sobre as amarguras da vida que nem vale à pena pensar sobre isso.
Numa curva olhou para mim, pensou um pouco, falou a palavra esquecimento, citou Jorge Luis Borges e retornou ao assunto do osso quebrado: É muito empenho fazer rimas, rascunhar pautas, escolher palavras como quem escolhe feijão... E com essas minhas dores não vou conseguir fazer um bom poema. Já me basta carregar essas azaléias.
Sério,
Será que é previsão de chuva?
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