sábado, 29 de dezembro de 2012

Árvores Florescentes.


 De Mara Paulina Arruda

Tive que fechar a janela. O vento não parava de soprar as cortinas que batiam no vaso de flores que tenho na mesinha de centro. Estava lendo um livro. E o ser humano. O que é o amor, pergunta a autora deste livro. As correntes de ar. Puxa vida, puxa sentido um livro desses, não é mesmo? Diz as teorias cabais registradas nas páginas dele que parece um rio que deságua numa cachoeira de tirar o fôlego! Agora mesmo após ler os dois primeiros capítulos fiquei com falta de ar e fui obrigada a abrir novamente a janela. E enfrentar o vento. Ainda bem que o tempo é meu amigo, e conjectura, fazendo menções às sementes secadas por mãos idosas sem descartar a interferência de mãos jovens, com toda a sua beleza, com suas unhas bem pintadas e enfeitadas por anéis. Inquietação é próprio do vento e de seu modo de ser que, depois de ver essa explanação, digamos metafórica, reinicia o farfalhar das folhas deste livro que se transforma nos meus sonhos em árvores florescentes.

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