sábado, 15 de dezembro de 2012


O ideal é transcendermos a forma e encontrarmos a superação do intelecto, que se encontra imortalizado fora da "alegoria da caverna". A comparação que fazem entre nós, através de tratados de personalidades patológicas, não impede que realizemos a dissociação dessa infelicidade pretérita e exercitemos uma perspectiva estética futura. Através da ética interpretativa, redimo meu ser de participar em tamanha angústia  pois nem ao menos tenho o direito de significar. Vejo um horizonte amplo de possibilidades criativas e faço uso da palavra como sangue em minhas veias que são a vida desse corpo perfeito cujos sentidos fazem o festival da percepção simbólica. A palavra é como a vida, permanece para além da morte, na lembrança e na abstração dos conceitos da persona. Tamanha rebeldia contra a forma encontra a destruição em conceitos equivocados sobre a personalidade em sua essência "a priori", que está para além dessas subjetividades evocadas e supostas. Imagino que nossa produção literária pode estigmatizar-se como "engrenagens" de uma grande máquina: consigo ver beleza nas engrenagens de um relógio.

Anderson  Carlos Maciel

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