sábado, 15 de dezembro de 2012

O amor


Mara Paulina Arruda

É verdade que me procurastes? Ela perguntou enquanto semeava.
O cheiro da terra, as sementes prontas para serem jogadas na terra, no orvalhar do dia.
Ele pediu que ela parasse um pouco. Precisavam conversar.

Ela ergueu os olhos.

Ele sentou-se numa pedra e disse que precisava falar do amor que o tempo não congelou embora o inverno tentasse.
Sorriram; Ela retom
ou o trabalho.
Então ele disse que bom seria se o amor fosse como uma daquelas sementes que a terra se encarrega de destinar.
Então ela ergueu novamente os olhos e disse:
assim é.

Uma revoada de pardais encerrou a conversa.

V v v
V

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