Minha maior façanha foi domar o ego,
esse ser alienígena, juiz corrupto,
caixa preta de um UFO em voo ininterrupto
a registrar desastres de um amor que é cego.
Consciência, o caralho! Aquilo era um prego
na minha cruz, um dízimo e eu não tinha um puto!
Paguei a quem me fez agir como um estúpido;
cobrei de quem não me devia, mas não nego.
Meus erros são acertos de contas antigas,
coisas que o tempo passa a borracha e apaga.
Nem mesmo a cicatriz me faz lembrar da chaga.
As dores já não são hoje minhas inimigas.
De tudo restou o homem que lhe escreve agora
e acerta os ponteiros ao ver chegar sua hora!
antonio thadeu wojciechowski
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