quinta-feira, 1 de maio de 2014

UM POEMA



Queria que a vida fosse doce
Com alguns nocautes certeiros
Deixar na lona alguns guerreiros
com golpes à Muhammad Ali
Queria que a vida fosse brava
Como filmes do Peckinpah
Que fosse além
Como trilha do Morricone
Que fosse surreal
Como um coração selvagem
Fosse profunda
Um mergulho de cachoeira
Lenta para as alegrias
e rápida para as dores
Fosse a vida um suspiro
uma paisagem
um vento de outono
um sonho
Fosse
uma palavra de Cortázar
“Ni el silencio, ese desatador de sueños”

a vida seria sem fim

Marianna Camargo

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