segunda-feira, 19 de junho de 2017

Catacumba das inexpressões solícitas


(Adulação da magestade irreal)

Deveria o devir
Devanear

De vês em par

Ademais calar

Ou sussurrar programas
De TV porca
Ao meu luar

Suas frases feitas
Em cantata
Salutar

Assédio venéreo
Sangue, suor e ar

Os vocábulos jogam
Tristezas ao mar
Sóem contemplar

Força ou técnica
Cacofonias na história
A boiar boiar boiar

Penso
Que a fonte jorra
E a borra borra o altar

Coleciono vaga-lumes
Sem dilatar pupilas
Pois fosforila, - fosforila
No estrume global
A conjugação do meu amar

Cinco sentidos perfeitos
Que ainda possuo

Rotulam a cantar
Látex, xerox, Detox
De inox o meu versejar

Nuances da cantilena
Seriema
Iracema, de sempre

A manipular as gentes
Vender-nos os pentes

Respingar nossos livros
Cativos
Altivos

As capas dos volumes
Convidam à reprodução
Infértil

Relatório que encomendarei
À comunidade beneficente
Da psicanálise

Se ela topar.

ACM

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