Vou contar uma
história : meu vô costumava frequentar o Templo das Musas. E eu, que o amava
muito, queria sempre acompanhar, mas não podia, pois era criança. O tempo
passou, o Vô cruzou a Ponte entre os Mundos. Eu fiquei adulta e um dia fui
convidada a dizer poesia, junto com as "Meninas que Escrevem em Curitiba
", bem lá. E estava nervosa, BAITA responsa. Chamei o Vô e pedi que me
colocasse a vontade na casa que era também dele. Quando estava lendo, o vento
soprou sobre meus cabelos. Senti alívio da timidez. Li bonitinho um lindo poema
simbolista. E um meu, todo transgressor. Senti o sorriso do Vô do outro lado,
junto com os companheiros daquela Egrégora
. Quando passeei pelo jardim,
as samambaias no caminho se inclinavam quando eu passava. Por isso chamei
aquele bosque de Bosque do Acolhimento. E quando fico triste, ou preciso de
inspiração poética, é pra lá que eu vou, mesmo que só em pensamentos. ..
Maria Lorenci
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