Otto Leopoldo Winck
Difícil, muito difícil acordar cedo. Especialmente
segunda-feira. Sete bilhões de pessoas no planeta. Uma a mais, uma a menos,
fará diferença? Viver é mesmo complicado. Morrer deve ser mais simples. Naquele
dia – era segunda-feira – você fez o que sempre fazia quando disparava o
despertador, um rádio-relógio, talvez o seu maior luxo: apertar o botão que
postergava a música e/ou a voz adiposa do locutor – quem disse que era gostoso
acordar com música? – para mais dez minutos. O seu braço, autômato, ainda repetia
o gesto por mais duas ou três vezes. Assim você tentava prolongar esse momento
em que o tempo ainda não parece inteiramente mensurável e se acredita possível
adiar o estabelecimento definitivo da manhã. Naquele dia, no entanto, você
reiterou esse procedimento quatro vezes. Foram quarenta minutos
engalfinhando-se para reter a noite sob as pálpebras, enrodilhado nas cobertas
qual uma criança assustada, dando as costas ao criado-mudo a cada vez que sobre
ele você fazia calar o inconveniente despertador, na esperança quem sabe de que
ele não mais o importunasse, ou então você de repente se lembrasse de que era
sábado ou Sete de Setembro ou Sexta-Feira Santa ou Finados. Mas não. Era
segunda-feira, dia preto na folhinha. Como você levantou tarde, o jeito era excluir
o banho – ainda que o desodorante tenha acabado e perfume você não vê, ou
melhor, você não cheira desde que secou aquele frasco que lhe foi enviado pela
madrinha ano passado – ou terá sido retrasado? – no dia do seu aniversário. Ah,
é bom lembrar que você mora numa pensão fuleira de oito diminutos cômodos num
bairro de periferia. Afiançaram-lhe, quando você veio conhecê-la, que era
familiar, embora já tenham passado por ela, apenas neste ano e meio em que você
lá está, mulheres de vida duvidosa (inclusive uma que, a propósito de
conversar, entrou no seu quarto e, sentada na cama, brincando com a correntinha
do calcanhar, deixou entrever um par de rotundos seios), um viado e um noia
que, numa crise de abstinência, quebrou o quarto inteiro. Nesse mesmo período,
também, você presenciou dois inquilinos, desses mais semelhantes a você, serem
despejados, não sem antes ter alguns de seus pertences confiscados pelo
truculento proprietário. Todavia, se você estivesse com o pagamento em ordem e
não arranjasse encrenca, ele até que era simpático, mas sobretudo a sua esposa,
um mulherão enxuto nos seus quarenta e poucos anos, a respeito de quem corriam
comentários não muito honrosos na pensão. E você, salvo exceções, sempre pagava
em dia, além de nunca ter se metido em confusão. Apesar de o banheiro ser lá
fora, estreito, escuro, sujo (viveiro de frieiras), e gelado no inverno, um
único para todos os hóspedes, o que não raro ocasionava filas e eventuais
entreveros; apesar do colchão ralo e de uma ripa faltando na cama, da janela
que não fechava, dos percevejos, baratas, aranhas e esporádicos camundongos
(você sempre foi pobre, e pobre se acostuma a tudo nesta vida e se queixa
pouco; ademais, no sítio a coisa não era muito melhor); apesar dos gemidos e
palavras obscenas do casal do quarto ao lado, que às vezes se estendiam até as
quatro da manhã, os quais a princípio o divertiam (o sexo podia ainda ser mais
sujo do que você pensava) mas que logo o exasperaram; apesar das putas não lhe
oferecerem mais do que uma ligeira visão do busto e de que nenhuma moça que por
lá passou tivesse se interessado por você; apesar de tudo isso e de outros
detalhes que seria tedioso repisar aqui, a pensão não era de todo ruim. Na
televisão da sala você podia ver, numa excelente imagem – vantagem de que você
não usufruía na roça –, o jornal, a novela, o futebol, e, nas tardes
modorrentas de domingo, os programas de auditório com uma generosa exibição de
nádegas e coxas sacolejantes. Além do mais, você agora dispunha de uma
privacidade que nunca conhecera, já que antes, na casa dos pais, você era
obrigado a repartir um minúsculo dormitório com uma penca de irmãos. Por esse
motivo, você até preferia se sacrificar um pouco e pagar mais por um quarto
individual a dividir um beliche com alguém que ainda por cima podia ser bicha,
viciado, roncar ou ter um chulé mais poderoso do que o seu. A média e o pão
francês com margarina, de manhã, faziam parte do preço; agora, se você quisesse
um lanche à noite, digamos um copo de leite ou um ovo no pão, você tinha que
pagar à parte, e nesse caso saía mais barato comer na rua, como você fazia no
almoço. Mas como você se levantou realmente tarde – que vacilo, você pensa
agora –, o jeito era abrir mão do café que, não obstante, você teria mesmo que
pagar junto com o mês dentro de cinco a sete dias. Na cozinha você disse hoje
não, estou atrasado, agradecendo o convite gentil da senhoria, não sem antes
reparar no botão fechado a menos de sua camisa arfante, que deixava à vista uma
boa parte do volume do seio, com uma pele muito branca e muito macia como que a
dizer me beija, me lambe, me leve daqui. O dia estava azul, de um azul
cristalino, você constatou, percorrendo as quatro quadras que o separavam do
ponto. Ao aproximar-se dele, você obteve a confirmação do quanto fora acertada
a decisão de ficar sem banho e sem café porque eis que vinha o ônibus e você
teve inclusive que correr para poder apanhá-lo. O próximo só daqui a meia hora
– e aí seria inevitável a cara de zanga do patrão. O ônibus, como sempre,
apinhado, duro até se deslocar dentro dele, tanta perna, tanta bunda, tanto
braço, bafo, bolsa, dá licença, dá licença, por favor. Era ter paciência e
aguentar o tranco por cerca de cinquenta minutos, trinta neste e vinte no outro
– menos cheio, pelo menos – no qual você se baldearia no terminal. Se não
houvesse nenhuma garota bonita, sobretudo aquela morena com que você já trocara
alguns olhares significativos, ou uma bunda polpuda, na qual pudesse roçar como
quem não quer nada, era mais difícil suportar. Mas consciente do cabelo oleoso,
do sovaco sem desodorante e da barba de três dias, você hoje não fazia muita
questão de cruzar com a morena. O jeito era postar-se atrás daquela mulher de
calça de lycra – que atrás de homem você não fica não – e nas curvas esticar-se
levemente para frente, recebendo no baixo ventre a pressão suave daqueles
glúteos macios. Com efeito, para você havia uma distinção clara entre, por um
lado, uma garota bonita, especialmente com um rostinho meigo, quem você podia
idear como namorada, numa imaginação quase assexuada, só carinho, mão na mão,
olhos cúmplices, cabeça no colo perfumado, e, por outro, uma bunda, de
preferência muito bem cosida dentro de uma calça apertada, a marca da calcinha
entrando no rabo, cuja proprietária não precisava ser necessariamente bonita –
você se refere ao rosto, é claro – nem jovem, provavelmente casada e
mal-comida, ou quem sabe até bem-comida e por isso mesmo desejosa de mais e por
que não um cara como você, novinho, com esse ar de inexperiência? Pois na verdade,
vamos ser sinceros, você é ainda meio virgem, tirando uma aventura desastrada
com uma puta de estrada e sexo – esporádico – com vacas (vaca mesmo, a fêmea do
boi) e cabritas (idem), experiências estas nas quais os animais pareciam haver
se divertido bem mais do que você. Mas de repente – opa! – alguém lhe passou a
mão, você percebeu. Porém, como era do seu feitio, você não gritou, você não
xingou, apenas, amofinado, vergou-se o máximo que pôde, até que o sujeito,
atrás, tivesse passado por completo. Todo cuidado é pouco com os boiolas.
Aquele que fora seu vizinho – lembra? – vivia lhe jogando indiretas. Eita
racinha! Pronto: terminal, pernas pra que te quero, encontrões, outro ônibus.
De fato: menos apertado. Nova viagem, curvas bruscas, freadas, sacudidas, sono,
cabeça pendida, devaneios. Ponto final: as portas do ônibus se abriram e, qual
uma evacuação, você foi despejado para fora, com certa violência, dando numa
grande praça no centro da cidade. O dia já estava menos azul, mas ainda era
azul. Os transeuntes iam e vinham, apressados. Poucos conversavam, raros
sorriam. Você estacou defronte a uma banca de revistas, os olhos distraídos nas
manchetes. Bancos garantem crédito ao Brasil. Dólar recua. Émerson reina na
meia-canha tricolor. Tomba no meio da praça com seis tiros. Mas as manchetes o
entediavam. As duas primeiras pareciam de um país distante, inacessível. O que
adiantava o Brasil ter crédito ou o dólar recuar se você não dispunha nem de um
nem de outro? A terceira já era mais próxima: você costumava acompanhar o
futebol, embora não fanaticamente. A última, esta sim, era algo que podia lhe
acontecer, a você ou a qualquer um dos seus colegas da pensão: seis tiros. No
peito. Pum, pum, pum, pum, pum, pum. Viver é complicado. Morrer deve ser mais
simples, basta um balaço no peito ou então atravessar a rua sem perceber o
ônibus. Sob a sensação de desalento que de repente se abateu sobre a sua alma
diante desses pensamentos, você entrou na banca. Lá dentro, depois de
circunvagar a vista ao acaso, acostumando-se à penumbra – num relance, atrizes,
milionários, pagodeiros e o presidente da República passaram ante os seus olhos
–, você se deteve diante das imagens de bundas e peitos que se ofereciam à
lascívia de algum eventual leitor (leitor?). No seu quarto, no fundo da gaveta
do desconjuntado guarda-roupa, você escondia duas ou três dessas revistas,
velhas, amarrotadas, com manchas esbranquiçadas colando as páginas. Todavia,
aquelas mulheres, muito bem aquinhoadas pela natureza, não eram de andar de
ônibus, morar em pensão ou se interessar por rapazes pobres como você,
office-boy de um pequeno escritório de contabilidade cujo dono vivia se
queixando da falta de dinheiro – não obstante possuir carro, casa própria e
filhos em escola particular. Todavia, o que você talvez não soubesse era que
muitas daquelas mulheres, sobretudo as das revistas mais baratas, também eram
pobres e andavam de ônibus e moravam em pensões não muito diferentes daquela
onde você morava. E em todo caso o que apertava o seu coração era o fato de que
talvez você morresse sem nunca passar a mão numa bunda lisinha daquelas. Mas
até isso, pensando melhor, não seria uma grande tragédia. Muitas outras coisas
na vida você também nunca faria – não é mesmo? –, como por exemplo comprar um
carro, conhecer o Nordeste, assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Entretanto,
você tinha consciência – afinal, você não é tão burro assim – que para almejar
um pouco que seja essas mamatas, ou aquelas que vinham num estágio anterior,
você primeiro precisava terminar o ensino médio, aprender informática, inglês,
essas coisas, que lá no interior você parara na quinta série. E depois fazer
uma faculdade, uma, qualquer uma. Mas isto – cursar uma faculdade, ainda que de
contabilidade – já lhe parecia inatingível, como aquela bunda redonda, volumosa
e lisinha, que, além disso, devia ser perfumada (a bunda daquela puta de
estrada, além de magra, flácida e cheia de brotoejas, cheirava a merda). A você
bastava passar a auxiliar de escritório e ter a carteira registrada – ou nem tanto,
os encargos eram muito altos, dizia o patrão. Aí você poderia pagar a pensão
com certa folga, adquirir outro par de tênis e – mês sim, mês não – uma revista
de mulher pelada – pois você precisava variar, não é verdade? –, sem pesar a
consciência. Bom, para subir na vida você contava com pelo menos algo a seu
favor: não era pardo nem bugre como muitos dos seus colegas da pensão. Assim,
quem sabe dentro de algum tempo, você poderia ter sua engenhoca digital, como o
Joca lá do trabalho, que é auxiliar de escritório apesar do cabelo duro. Ainda
eram quinze para as oito, você viu ao sair da banca no seu pulso – este não,
não era presente da madrinha nem de ninguém, você mesmo comprou de um camelô. E
se você já conseguiu comprar um relógio, ou melhor, dois, com o rádio-relógio,
um dia você também conseguiria ir e voltar do trabalho ouvindo música. O
segredo é pensar positivo, dizem. E ser honesto e trabalhador, assegurava o seu
pai, que, no entanto, honesto e trabalhador, nunca chegou a ser nada. Com efeito,
menos azul estava o dia. Da praça até o escritório, a passo ligeiro, eram dez
minutos. Logo, ainda lhe restavam cinco. Cinco minutos de liberdade. Nada o
impedia, portanto, de sentar-se num banco e, neste curto espaço de tempo,
usufruir da manhã, ainda que ela tivesse perdido o seu tom mais vívido de azul.
Deitado num banco em frente, um mendigo dormia, indiferente ao burburinho da
praça e ainda não importunado pelos guardas. Mais adiante, dois meninos de rua,
mal cobertos por uma surrada manta, se arrastavam, encolhidos. Camelôs montavam
suas barracas. Homens de terno e valise, velhos de paletó, mulheres de calça
jeans, garotas de saias curtas cruzavam-se, velozes, sem se entrechocarem uma
única vez. Cada qual – parecia-lhe – funcionava segundo desígnios abscônditos,
porém muito bem traçados por mão firme ainda que impalpável. O mendigo é
mendigo, o homem de terno é homem de terno, a garota de coxa de fora é garota
de coxa de fora. Um está aí para mostrar o que pode lhe acontecer se você não
trabalhar; outra, que há bens – como as suas coxas – que você pode até desejar,
mas que nunca serão seus; e o homem de terno e valise para sinalizar que
existe, sim, uma ordem – embora oculta a seus olhos – no caos aparente da
praça, e que essa ordem decide o fluxo dos ventos, a rota dos ônibus e a
direção exata de cada transeunte, e que você, parado aí no banco feito um
idiota, deve ir para o trabalho imediatamente se não quiser ficar como aquele
piolhento do outro banco. Mas você não se levantou. O patrão não tinha hora
para chegar. Não havia assim tanto problema em se atrasar um pouco, vai ver que
ele nem viesse pela manhã, ele pode, ele fez faculdade. De repente, não se sabe
se por força de um odor de pastel soprado pelo vento ou se pela visão do
mendigo e das crianças, você se lembrou que estava sem café e então a fome
assomou, imperiosa, ainda mais que ontem à noite você fora se deitar de barriga
praticamente vazia. Pelos seus cálculos, você tinha dinheiro para almoçar – no
restaurante popular, é claro – por mais dois ou três dias, sobrando-lhe troco
para um lanche – um pão com queijo, senão seria menos – umas quatro ou cinco
vezes. Como ainda levaria de cinco a sete dias para receber, é evidente que
haveria dias em que você ficaria sem comer. Um paliativo era você retornar a pé
para casa, revertendo o vale-transporte economizado em comida. Todavia, como em
outras ocasiões você se servira desse expediente, você sabia que seria trocar
seis por meia dúzia: você chegaria tão faminto em casa – eram cerca de duas
horas de caminhada! – que o lanche equivalente seria insuficiente. Em todo caso
você já estava acostumado a essa situação: geralmente o seu dinheiro acabava
por completo e ainda lhe restava mês. Nesses dias você se deitava mais cedo
para sossegar a fome e, no escritório, era cafezinho com bastante açúcar a cada
meia hora. Quando tinha coragem, pedia cinco pratas emprestadas, mas isso
também não era bom, pois quando recebesse já haveria débitos a quitar. O
remédio mesmo era se levantar e, no trabalho, esperar o café ficar pronto. Por
via das dúvidas, você resolveu conferir quanto dinheiro exatamente tinha e se,
portanto, os seus cálculos estavam certos. Foi aí que veio o choque: a carteira
não estava no bolso. Você se ergueu de um pulo e procurou no outro bolso. Por um
momento você buscou se lembrar se, na correria ao se levantar hoje cedo, por
acaso não esquecera de apanhá-la na gaveta do criado-mudo. Mas não: veio-lhe à
mente a imagem da carteira aberta quando você passou pela roleta do ônibus.
Onde você a teria perdido? Você olhou no canteiro atrás do banco, em volta,
refez o caminho do ponto final do ônibus até aquele canto. Nada. Só então você
teve que admitir que fora pungueado. Mas quando? Ah, só se foi quando lhe
passaram a mão no ônibus. Filho da puta! Desacorçoado, você deixou-se cair
novamente no banco, repassando na cabeça todos os palavrões dos quais se
lembrava. Merda, bosta, caralho, porra, que pariu. Fazer o que agora? Bom, você
tem que levantar, você tem que trabalhar, cumprir o desígnio traçado. Quem sabe
o patrão, condoído com a história, não lhe concede um vale? E os documentos? Se
não aparecerem, mais despesa ao mandar refazê-los. Merda, merda, merda. Mil
vezes. Com inaudita determinação, você se levanta e parte em direção do prédio
comercial onde se encontra o escritório de contabilidade em que você trabalha.
O dia não é mais azul, e, ainda que fosse, você não perceberia. Homens de
terno, mulheres de calça, mendigos, crianças – você não repara. E nem na moça
de minissaia e barriguinha à mostra. Ainda que da capa de uma revista saísse
uma modelo e com as mãos lhe ofertasse os seios nus, você não aceitaria. Você
agora só tem um propósito: chegar ao escritório e tomar um café. Com bastante
açúcar. Mas bastante mesmo. Pois talvez você fique uma semana sem almoçar e sem
lanchar à noite. Único alimento: o pão francês com margarina e a média
oferecidos pela senhoria, que tem pele macia, é perfumada e não deve ser feliz.
Oh, por que você nunca entrou no meu quarto, já que eu nunca tranquei a porta,
sempre te esperando para que nos amássemos loucamente até o amanhecer? Oh, por
que você não veio me salvar desta vida, já que eu, com todo o prazer, não
hesitaria em te salvar das garras de teu truculento marido? Pensando isso, ao
atravessar a rua, você não percebeu o ônibus. Aí foi a freada, o choque, o
baque do corpo no chão, a cabeça no cordão da calçada e o sangue de repente
jorrando, jorrando, o olho ainda aberto olhando o vazio ou, quem sabe,
contemplando um seio com uma pele muito branca, muito macia, gotejando leite,
um leite morno, gostoso, com gosto de sítio, de manhã azul, com a mãe, o pai e
os irmãos em torno da mesa de madeira rústica. Sem documentos, sem nenhum
parente na cidade para dar por sua falta e identificar o seu corpo, na certa
você vai ser enterrado como um indigente. Setes bilhões de pessoas no planeta.
Uma a mais, uma a menos, não fará mesmo diferença. Com efeito, morrer é menos
complicado. Não é verdade?
Este conto saiu no livro/projeto 'Translações'
(http://literaturaemtransito.com/), coordenado pela saudosa Assionara Souza.