Hoje fiquei no silêncio murada
Apoiei o rosto na palma da mão
Avaliei a Vida passada
E do futuro fiz adivinhação.
Enfadonha a memória
Sempre conta a mesma história.
E sempre a mesma sentença
Que o futuro, não é minha pertença.
Confesso que faço de conta
Ignoro até se no Mundo ando
Vai a Vida já a uma ponta!
E o coração não comando.
Vejo ao longe a minha estrada
Sento-me na berma a descansar
Do futuro não sei nada
Do passado nem quero lembrar.
Mas afirmo a minha vontade
Ainda que o tempo me seja alheio!
Levo comigo a saudade
Procuro viver sem receio.
Do rosto que reflectia o espelho
A memória o vai apagando!
Se meus olhos o acham velho?
Vão meus olhos se habituando.
natalia nuno
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