não é o corpo, é a alma que me dói
matei os sonhos e com ele os desejos
e joguei fora as lembranças de um dia.
e assim,
já não escrevo teu corpo
porque as laudas vazias já não são,
e as cheias de ternura deixei do lado esquerdo do meu peito
onde os ritmos do silêncio não alcançam.
e hoje
o carmim que me enfeitavam os lábios, já não carimbam
desejos
esvaziei-me de esperanças
apagaram-se os sorrisos
já não há brisa nas manhãs
me despedi dos desertos
e sequei os oásis com meu pranto
perdi o encanto pelo mar
e deixei ir o barco vazio de uma espera...
não é o corpo, é minha alma vazia que me dói
Margarida Di
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