Na aldeia dos povos ditos cônscios
tem gente que parte, tem gente que fica...
tem gente que murmura, tem gente que grita...
enfim, toda uma gama de estradas de pedras,
onde o que se segreda,
estampa-se em faces que despertam do sono
sem deixar de dormir, pois que continuam
escravas dos sonhos...
Assim mesmo, um ir e vir quase a esmo
num giro que se fez o mesmo,
pois o tempo talvez por lá tenha parado
enquanto a noite se fez...
sei lá... talvez...
Na aldeia dos que dizem-se civilizados
as danças são movimentos descoordenados,
onde o corpo enlaçado tem dificuldades
de se fazer movente...
o inconsciente...
sim o inconsciente assola a mente
enquanto os olhos fechados,
pensam romper com os medos
e arriscam-se a olhar de soslaio.
Coisas de gente desconfiada...
Na aldeia dos que se dizem libertos
existem savanas, estepes, areia e deserto...
existem os lentos de pensamento,
os que se vêem por demasia espertos.
Existem os lacaios... existem os mandantes...
existe o momento adiante,
mas inexiste o presente.
Eles não o percebem,
constatação deprimente...
Eu estou nessa aldeia.
Como viajor que sou
preciso expor,
o fundo vivo de minha história...
eis a aldeia, e nela a minha vida.
Nesse momento:
chegada ou ponto de partida?
josemir (ao longo...)
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