sexta-feira, 4 de janeiro de 2019


Olhar tão solitário é mais cruel
A vida sem amor perdendo o lastro,
Meu verso vasculhando, ganha o céu,
Procura por pegadas, cada rastro

Deixado pelos passos de um corcel
Nos seios da mulher, puro alabastro,
Os olhos descortinam claro véu,
Quem dera se eu pudesse ser um astro

Ganhando a eternidade em manso beijo,
Num mundo mais gentil que em ti prevejo
Uma alegria imensa como lei.

Depois de tanto tempo, assim vazio
A senda sempre flórea, agora eu crio
Conforme nos meus sonhos, procurei...

MARCOS LOURES


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