Não me esperes
antes que os sinos digam
das tristezas das minhas ruas.
Por ora, deixa-me e espera!
que também te esperarei com flores.
E, quando eu voltar
das dores outonais caídas,
os sinos, com suas saias rodadas,
serão minhas despedidas,
e não me quererás mais.
Então, não me esperes,
porque a primavera ainda não floriu
e o amanhã pode querer murchá-la
ao vê-la reanimar
o poema
que deixaste morrer no rio...
Eliane Triska
Canoas, outubro de 2010/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário