o ano,
numa bola de pano.
o insano
bichano
dos meus sonhos
arranhando os móveis.
o silêncio quem nem se move.
a mola,
a bola de neve
a assolar de leve
a solidão.
duas luas atrás
eu lavava destinos
na palma da mão.
hoje, encero o chão
dos meus desafetos
e desejo que se passe reto
a régua.
légua e meia daqui
tudo já esqueci
e o que ficou,
só ficou porque foi meu.
Lázara Papandrea
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