sábado, 25 de fevereiro de 2017

COMO UM RIO 6


É como se da boca
a palavra esgarçasse
o horizonte (e o ardil
que germina o vento).
No risco,
o amor
se acrobata
como se o coração
tivesse patas.
Não há mais Cronos(esse
deus com as crinas
aparadas), apenas o eterno
em usufruto.
(Ou o cálice que transborda
com a perdição
dos náufragos).
Não há nada além
do Nada perfilando
ausentes...
ou a flor do espírito--,
que é somente o verbo
sobre a pedra.
SALGADO MARANHÃO


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