"Em Curitiba, no carnaval, sai às ruas um anjo
higienista. Bem-sucedido, quase ninguém o vê. Sua função é manter a cidade
semivazia, impoluível, imune aos ventos de mudança. Trata-se, é claro, de um
anjo avarento: só ele quer desfilar pelas avenidas, só ele pode flutuar por aí,
trazendo às mãos não a espada ou a trombeta, mas uma vassourinha de piaçava,
com que abre alas a si próprio."
"O anjo higienista", minha crônica na Gazeta do
Povo de hoje.
Luís Henrique Pellanda
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