sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Michel Temer conversa com Roberto Freire sobre mudanças no Prêmio Camões de Literatura.
- Roberto, que papelão, francamente!
- Ah, desculpa, eu não aguentei, presidente...
- Estou me referindo àquele escritorzinho comunista.
- Ah, sim, o Raduan. Um oportunista, mau caráter.
- Ganhou 100 mil euros da gente e ainda reclama?
- Pois é, presidente, não se pode confiar nunca num comunista.
- Chamei você aqui porque quero fazer algumas mudanças nesse prêmio.
- O senhor manda.
- Vamos começar pelo nome. Quero prestigiar um autor nacional. Alguma sugestão?
- Gabriel Chalita?
- É um grande nome, mas ele está com o Haddad agora.
- Que tal Prêmio Merval Pereira de Literatura?
- Ele tem livro publicado?
- Acho que não, mas é membro da Academia Brasileira de Letras.
- Ótimo! A Globo vai adorar. Quero também acrescentar uma nova categoria. Cota pessoal.
- Que categoria seria essa?
- Livros pra colorir. A mãe da Marcelinha quer concorrer. A velha até que tem bom gosto com as cores, sabia?
- Posso imaginar, presidente.
Tom Cardoso


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