segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Ensaio sobre o que não se compreende
Ninguém é dono do amor
Nem mesmo o deus cristão
Que amor sendo, não pode tê-lo
O amor é estranho a posse
Quem o sente apenas partilha
Infinitesimal parte do mesmo
Inútil é dizer o eu, o amor
Que nega pronomes de posse
Pessoais e estranhos a si
O amor se sente, recente, abisma
Mas não é seu o sentimento
O habita em parte, mas lhe transcende.

Henrique Veber 

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