sábado, 18 de fevereiro de 2017

O SOL HÁ DE BRILHAR OUTRA VEZ


A chuva que agora cai;
e levemente molha o chão.
Trazendo o clarão de um raio,
antecipando o trovão.
Matando a sede da terra,
sacia a sede do meu jardim,
devolve o arco-íris à serra,
que ontem roubou de mim.
Chuva que cai sobre os montes,
sobre os vales, sobre as fontes.
Cai tão perto de mim.
Águas que me cobrem a fronte,
misturando-se às lágrimas que ontem,
rolaram sem ter mais fim.
São lágrimas d'um amor perfeito,
que me apertam demais o peito,
e brotam como flores no meu jardim.
São mágoas d'um amor desfeito,
que a chuva, de qualquer jeito,
levou pra bem longe... de mim.

Jonas Francisco Machado

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