domingo, 12 de fevereiro de 2017

• dormitava auroras
nua em pedra
e errava
- por querência -
a cartografia
dos homens


flertava com os mapas
das águas
e das ventanias
mais complexas


em sua bravura
de sereia
ornava-se de brumas
de lenhos e arvoredos
onde ninhos
surgiam-lhe felpudos de sois
e lãs febris
de horizontes


desse chafurdar no limbo
logrou despir-se de gente
- seiva-arrebol! -
sabia-se plâncton
basalto, âmbar
e cinzas


então assombrou-se
em fogo e quase lava
escorreu-se ávida
peregrinando
oceanos


: adejou-se rubra
[ flor-mamífera-ave!]
a burilar o magma
onde a vida
goza •

lilly falcão

/ do.rubro.magma.das.ovelhas /

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