I
Quando me injetaram o torpor da consciência, transpus a
sociedade e despendi veias em rios a enfrentar o desastre setentrional. Ser
desviante, metade pássaro, metade minhoca, contando os próprios anéis como
tesouros e nuvens como pertencimentos. A ordem transversa do discurso desfiou a
posição de enunciador – e aqui estou no ponto estreito da abertura – na
singularidade da voz, na indistinção do canal, arriscando, fática, a ser
engolida pelo que em mim é fluxo e sensatez.
II
Tenho a cabeça cheia de gumes, espumada por ideias em
dissolução (referências, vazantes, sons dos cornos do escuro).
III
Duelo em Derrida, interstícia.
RTD
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