não, não diga.
não diga não
não diga nada
-nem clemência-
a mão afia a espada
da nossa desistência
somos surdos para o vácuo
da nossa própria carne
e o cerne da questão
é mar que não se beija.
às vezes calha uma ilusão
de alpendres e manhãs
num caroço de sangue
noutras vezes a água vaza
veias e artérias
é vermelho o rio que nos congela.
Lázara Papandrea
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