vou destoar desta vida
curta, perdida de medo
nos guinchos, richas e tramas
do teu olhar de degredo
se a tarde que me consome
suporte do teu enredo
navegasse, eu naveguei
fui cavalo, estrada e rei
andado por tudo, andei
nunca e nada eu me cansei
perdido no teu segredo
morto de tudo me abalo
sangrado como sangrei
eu, cavaleiro e cavalo
da carne onde eu me criei
senhora de mãos medonhas
tu que foste a rainha
armada de ventania
fui um fausto quase louco
desamparado do eterno
perdido de água perdida
construtor do meu inferno."
(a seguir)
RR
Nenhum comentário:
Postar um comentário