sábado, 9 de março de 2013

KAI



 Paulo Leminski

Mínimo templo
para um deus pequeno,
aqui vos guarda,
em vez da dor que peno,
meu extremo anjo de vanguarda.


De que máscara
se gaba sua lástima,
de que vaga
se vangloria sua história,
saiba quem saiba.


A mim me basta
a sombra que se deixa,
o corpo que se afasta.

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