sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pequena prosa poética de uma doença crônica

Me cansei das romarias na sarjeta dos sentimentos vis e vilipendiados
Fui através de dimensões novas e com novos olhares,mas cansei
da ternura que ficou presa na garganta e do grito contido escapulido nas lágrimas de sal que molham meu rosto até meus lábios,secos,mas aonde ainda há saliva e latim...
Meu amor roubou minha identidade,me fez feliz enquanto houveram acasos felizes e insondáveis,teatro de um deus sádico e cômico,torturas prazerosas aos fortes.
Mas sou fraca,desarmada,desalmada as vezes,vezes me sinto amada.
E simplesmente amar sem desamar? Isso não bastaria?E por mais ilusão que haja,isso não é besta não seria simplesmente a  cobrança dos juros das juras de amor eterno?Da entrega,pra quem se sabe vivo -,não acaba(e não basta)me consome de tão pungente,pior mesmo é ser o lobo do homem..
Me retiro,me procuro,as vezes encontro,não caibo mais em mim...
E sem a poesia,sofro.




Vanessa Fiorelli

Um comentário:

Unknown disse...

Estou gostando muito de conhecer seu trabalho na Poesia! Já que não cabes mais em ti, agradeço por poder compartilhar um pouco do seu Eu em suas escrituras.