O silêncio que devora a noite
é o mesmo que me come o coração,
sem preliminares.
Feito de estocadas,
golpes,
galopes surdos.
O silêncio
é um homem bruto
cuja fome esqueceu de gemer.
Vara pelas horas,
equídeo e solitário,
desmembrando-me.
Arranca, a pancadas,
um uivo negro, abortado
de caminhos que ele mutilou.
Roberta Tostes Daniel
Nenhum comentário:
Postar um comentário