"O cão branco-cinzento gania embaixo do caixão me
olhava de viés e ela estava lúcida nunca a vi tão lúcida e calada senti um
certo conforto não precisaria mais atar sua boca nem prender seus pulsos nem
ameaçá-la com a arma e o estrondo de festim tentei chegar mais perto queria
abrir sua blusa e soprar seus seios passar os dedos em suas auréolas roxas mas
o cão gania então me afastei e um cheiro de cânfora tapou minhas narinas"
Márcia Barbieri
Nenhum comentário:
Postar um comentário