terça-feira, 24 de setembro de 2013

O enterro do lobo branco

"O cão branco-cinzento gania embaixo do caixão me olhava de viés e ela estava lúcida nunca a vi tão lúcida e calada senti um certo conforto não precisaria mais atar sua boca nem prender seus pulsos nem ameaçá-la com a arma e o estrondo de festim tentei chegar mais perto queria abrir sua blusa e soprar seus seios passar os dedos em suas auréolas roxas mas o cão gania então me afastei e um cheiro de cânfora tapou minhas narinas" 
Márcia Barbieri

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