sábado, 7 de novembro de 2015

reflexões reflexivas - parte i


o tédio é uma das necessidades fundamentais para a existência, ser é tempo e, o tédio, é a percepção do essencial no tempo. o tédio, assim como o sagrado e a arte, permite a percepção clara e direta da possibilidade de aniquilação - nada melhor do que o terror diante da morte, do fim e afins, para cair em si. por isso o tédio é uma ameaça, desde a escola (que deveria ser o "lugar do ócio"), passando pela religião (que não pressupõe uma relação com o sagrado, propriamente dito) até o entretenimento (que não é arte, propriamente dita), somos condicionados à ocupação, à produtividade, pelo simples fato de que todos esses meios de alienação, nos levam a matar o tempo e, como ser é tempo, matamos a nós mesmos,
porque se percebermos o tempo, pelo tédio (pela arte ou pelo sagrado), teremos a famigerada "consciência de si", e isso, aparentemente, não é nada bom.


William teca

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