segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

a única conclusão verdadeira (no sentido forte de termo - pra usar o jargão acadêmico) que chego, enquanto estou aqui, neste terrível domingo de sol, me dedicando à minha tese, é que, quando terminá-la, quero me dedicar à plantação de batatas e criar galinhas (talvez, coelhos, como o raduan); não porque tenha me cansado de estudar - não sei ao certo porque meu saco está cheio (no sentido forte do termo), estou longe de ter raiva da universidade - diria que é o contrário disso; talvez, o que me chateie é o excesso de falsa intelectualidade que envolve todo este mundo de que faço parte, falta um certo sentido de autenticidade ou "arqué" (no sentido forte de termo), ou talvez seja o fato de estudar a porra do herberto hélder. estudar poesia e chegar a um princípio de pensamento é dilacerante, uma morte, uma catarse (no sentido forte do termo), donde daí, há que se reconstruir a si. ficar de babação de ovo, depois de ter dito tudo o que já tinha a dizer, é uma contradição. já matei vários eus de mim e renasci: matei a criança doce; o adolescente rebelde; o poeta menor de botequim e, em breve, matarei o acadêmico. quero me dedicar a criar o "seu teca", preferencialmente, num sitio, quiçá dando aula para criancinhas - que possuem uma visão de mundo isenta desse clichezão culto do qual todo mundo quer fazer parte.

ps: e terei um alambique. hehehe.

William Teca

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