quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Mais um trecho da minha tese:

"Até que ponto nossa linguagem – sobretudo nossa língua materna – determina nosso pensamento, nossa relação com o mundo e, por conseguinte, nossa identidade? Entre outras coisas, hoje em dia, essa questão é associada à hipótese Sapir-Whorf, originada das pesquisas de dois linguistas estadunidenses, Edward Sapir (1884-1939) e Benjamin Lee Whorf (1897-1941). Sua formulação mais dura, o determinismo linguístico, afirma que é a linguagem que produz o pensamento. Sua versão mais branda, porém, a relatividade linguística, declara que são as diferenças entre as línguas que originam em parte as diferentes visões de mundo. Ainda que atualmente não se encontrem defensores da versão mais rígida, a moderada ainda goza de alguma aceitação. Se a linguagem não determina nosso modo de pensar, ela pode sim exercer efeito em nossa maneira de sentir, evocar e apreender a realidade."

Otto Leopoldo Winck

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