quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

pra qualquer um que estuda essa tal literatura, ou que finge fazê-lo, há umas pedras no sapato, eu, por exemplo, não suporto a dona clarice lispector, é uma batalha íntima, sempre que me deparo com ela (e isso não tem nada a ver com gênero, antes que alguma tonta aí me acuse de preconceito: eu sou fã de tia hilda hilst, da ana cristina, da agustina bessa, simone e virginia wolf, e mais um monte que não me lembro, agora), e não é, também, porque ela escreva mal, ela é foda, e eu reconheço isso (quem escreve mal mesmo é a marta medeiros e - pasme - a adelia prado); só que ela me causa uma gastura intestinal, e definitivamente, não rola - quem sabe depois do meu avc, eu consiga - devo ouvir u2 por essa época (porque é outra coisa que não consigo ouvir, justo eu que tenho perfilzinho cult e gosto de james joyce), clarice me soa como mesmerismo, e mesmo com tanto talento técnico, chove no molhado. creio que é isso que justifica minha ojeriza: clarice me deixa com um resfriado psíquico.

William Teca

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