Escorpião – “Nada existe de grandioso sem paixão’. O
idealismo de Hegel deve ser seguido à risca e com riscos. A verdade é uma
necessidade da jornada, encontrá-la: quiçá. Diderot assinala que “a paixão
destrói mais preconceitos do que a filosofia”. Vibre com as cores de Frida e
Rivera, assombre-se com a melodia dos Impromptus de Schubert e deguste um
espumante com as imagens de Houve uma vez um verão. Recite os versos do
Poetinha: “O amor é o carinho,/É o espinho que não se vê em cada flor./É a vida
quando/Chega sangrando aberta /em pétalas de amor”.
Sagitário – “A generosidade não está em dar aquilo que tenho
a mais, mas em dar aquilo de que vós precisais mais do que eu”. Absorva o
mantra do mestre Gibran com todos os sentidos. A palavra faz viajar mas o corpo
também precisa de novos horizontes: a comunhão é essencial. O navegador Amir
Klink vaticina: “Pior que não terminar uma viagem é nunca partir”. Siga a
trilha de Gulliver nas aventuras de Lilipute ou Brobdingnag. Sobrevoe aqueles
campos de trigo de Van Gogh ouvindo o Pássaro de Fogo de Stravinski. Embarque
naquele poema, que ninguém sabe a autoria, e diga: “contemplaria mais
entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios”.
Capricórnio – “Para ser grande é preciso ter 99 por cento de
talento, 99 por cento de disciplina e 99 por cento de trabalho”. Faulkner
sintetiza a mitologia da cabra Amalteia: tirar leite das pedras. A determinação
gera uma fortaleza de sensatez: “Fala se tens palavras mais fortes do que o
silêncio, ou então guarda silêncio”. Mergulhe na fase azul de Picasso, na
repetição em espiral do Bolero de Ravel, assista a trilogia das cores de
Kieślowski. Fique atento ao Lembrete de Drummond: “Se procurar bem você acaba
encontrando./Não a explicação (duvidosa) da vida,/Mas a poesia (inexplicável)
da vida”.
[assis freitas]
p.s. em homenagem ao Horóscopo do Balaio Porreta
do saudoso Moacy Cirne
Nenhum comentário:
Postar um comentário