domingo, 1 de janeiro de 2017

Pequeno mapa astrológico de 2017- final



Escorpião – “Nada existe de grandioso sem paixão’. O idealismo de Hegel deve ser seguido à risca e com riscos. A verdade é uma necessidade da jornada, encontrá-la: quiçá. Diderot assinala que “a paixão destrói mais preconceitos do que a filosofia”. Vibre com as cores de Frida e Rivera, assombre-se com a melodia dos Impromptus de Schubert e deguste um espumante com as imagens de Houve uma vez um verão. Recite os versos do Poetinha: “O amor é o carinho,/É o espinho que não se vê em cada flor./É a vida quando/Chega sangrando aberta /em pétalas de amor”.

Sagitário – “A generosidade não está em dar aquilo que tenho a mais, mas em dar aquilo de que vós precisais mais do que eu”. Absorva o mantra do mestre Gibran com todos os sentidos. A palavra faz viajar mas o corpo também precisa de novos horizontes: a comunhão é essencial. O navegador Amir Klink vaticina: “Pior que não terminar uma viagem é nunca partir”. Siga a trilha de Gulliver nas aventuras de Lilipute ou Brobdingnag. Sobrevoe aqueles campos de trigo de Van Gogh ouvindo o Pássaro de Fogo de Stravinski. Embarque naquele poema, que ninguém sabe a autoria, e diga: “contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios”.

Capricórnio – “Para ser grande é preciso ter 99 por cento de talento, 99 por cento de disciplina e 99 por cento de trabalho”. Faulkner sintetiza a mitologia da cabra Amalteia: tirar leite das pedras. A determinação gera uma fortaleza de sensatez: “Fala se tens palavras mais fortes do que o silêncio, ou então guarda silêncio”. Mergulhe na fase azul de Picasso, na repetição em espiral do Bolero de Ravel, assista a trilogia das cores de Kieślowski. Fique atento ao Lembrete de Drummond: “Se procurar bem você acaba encontrando./Não a explicação (duvidosa) da vida,/Mas a poesia (inexplicável) da vida”.

[assis freitas]

p.s. em homenagem ao Horóscopo do Balaio Porreta

do saudoso Moacy Cirne

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