sábado, 4 de fevereiro de 2017

MARISA


O piso, a parede, o 273,
a mistura de traços na pele:
tudo muito São Bernardo,
puro frango com polenta.
O quarto na frente da casa
e o cento e quarenta e sete
descansando sob as telhas:
viatura, troféu, ferramenta.
Nem dor, nem ódio ou medo.
Prole aos pés, amor e luta
(e a justa faixa presidencial)
se insinuavam no tergal.
Dia de descer a Anchieta,
cortar a névoa do Riacho,
forrar o bucho com mocotó,

lavar a alma com cambuci.

Tarso de Melo

Nenhum comentário: