sábado, 29 de julho de 2017


Cigarras no apocalipse
São poetas em desalinho
Gestados no ventre escuro
Ninfas subterrâneas
Emergem em canto e vôo
Ao som da trombeta
De um anjo sem olhos.


Bárbara Lia _ fragmento da poesia _ Cigarras no apocalipse (21 gramas/2010)

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