Resto de pão é grão
Resto de pano é trapo
Resto de madeira é toco
Com os quais outras coisas faço.
Resto que o tempo carrega,
Resto que se refaz.
Resto que volta atrás.
Coitado do resto que cai
Num buraco profundo,
Que fica perdido no mundo
E não volta
A ser outra coisa jamais!
Assim também somos feitos
E assim seremos e ficaremos:
Um resto que se refaz.
Catarina Almeida Garret Caramuru
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