sábado, 25 de junho de 2011

Mergulhados num sistema de incógnitas, nunca, na história do Homem, chegamos quantitativamente ao número de habitantes deste planeta. A partir dos anos 50, com o advento da bomba atômica, esta mesma humanidade vem experenciando uma progressiva liberação psíquica, moldada a partir dos encadeamentos da perspectiva histórica, como a guerra fria, a pílula anticoncepcional, a experiência hippie, a crise do petróleo e a globalização, ao mesmo tempo em que produziu um avanço tecnológico e industrial ao extremo, ás custas do ecossistema global.


Face a esta questão, os limites entre a responsabilidade individual e a coletiva ficam tênues a tal ponto que se torna luminescente, a situação limítrofe na qual se encontra a espécie humana. Antes através de sombras, hoje, com mais clareza, é evidente há muito tempo, que os rumos tomados pela Civilização chegaram a tal ponto que colocamos em risco os princípios da sobrevivência. Por que, então, não havíamos tomado uma atitude a favor de um tempo melhor? Quais são, ou foram, os mecanismos que nos conduziram a esta encruzilhada?

Nossa responsabilidade frente à informação é igual à necessidade de encontrarmos a raiz destas questões. E a informação, no sentido frankfutiano, não chega(exclui-se uma elite) sem ruído.

Assim é nosso direito, mas também nosso dever, utilizarmos os meios que dispomos, para obter a mais translúcida percepção das alternativas disponíveis. Assim é nosso dever, mas também nosso direito, utilizarmos os meios cibernéticos, tvs e rádios piratas e/ou comunitárias para construir/desconstruir informação suficiente para que possamos compreender o lugar em que nos encontramos para, a partir de então, trafegar rumo a homeostase [1] planetária.

Compreender-nos como espécie, compreender que é ela, e não o planeta, que se encontra em risco, esta é a tarefa que a bomba atômica nos impôs. Esta é a responsabilidade desta geração.

[1] Homeostase: estado de equilíbrio de um sistema em relação às suas variáveis essenciais.



urbanoideiluminado

Um andarilho que trafega pelas ruas de uma cidade qualquer, latino-americano, sem raça, sem idade, sexo ou religião. Um ser humano sagrado, igual a você.



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