segunda-feira, 13 de junho de 2011

Numa criança-mulher brotou uma flor sem nome flor guardada num saco de estopa e enterrada


no útero da terra sob o lixo. Uma cadela gania de fome mas não comeria daquela semente enterrada

que lutava surdamente para germinar sob o sol mais um dia.

A criança que teve a infância roubada implorava por uma pedra daquele ao qual a estuprou, prometeu. O fogo da fuga e do delírio um pouco de inferno numa vertigem para ver as próprias entranhas e cuspir na própria face por umas moedas, sexo e mais um pouco de sangue e ácido plantando flores sem nomes de sementes secas.



Wilson Roberto Nogueira

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