Quem bebe de mim sou Eu.
bato de frente e no meu reverso,
vejo duas miragens de voce
sozinho asso meu porre
torcendo sombras,
vivendo a dançar no fio da lâmina
de um sorriso diferente em cada
canto da boca que cala no grito da madrugada.
O malandro agulha sempre se perde se gaucheando
nas lápides de seus pés.
Pó dourado, mas sobretudo pó .
Já vai tarde poetorto, não há lugar para você na cidade
A cidade pulsa vidro e aço e as personas de plástico
cobram caro o riso e o pranto da idéia.
Vendem vendas
valores em cada teatro de dores.
mercadejamos mercenários momentos de prazer
dores, só dos outros nossos ouros secretos?
Sabem as sombras que nas igrejas torcemos.
Wilson Nogueira
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