segunda-feira, 13 de junho de 2011

O riso solto saltava de um coração preso e caia,


levantava e fugia cego rumo ao desespero , a loucura .

O riso era um rio onde o coração -âncora afogado se nutria .

O riso enganava a tristeza que procurava ceifá-lo no lado escuro da luz.

Por isso o riso não dormia na escuridão

olhava para dentro e lhe matava o coração.

O riso era a máscara da alma rasgada em prantos despedaçada

chorando o fogo no suor desafiando a negra consorte

vertendo vida em gotas num mar de sal.

Rir desafiando a morte esperando por melhor sorte

espera rasgando o rosto numa sombra de sorriso

em olhos cegos de tanto olhar.



Wilson Roberto Nogueira

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