O famoso causo do burro brabo de Curitiba tem muitas lendas
urbanas, leremos algumas abaixo:
Fantasma do Burro Brabo:
No século dezenove, Severino era um lavrador viúvo que
cuidava da sua plantação no Nordeste e morava num sítio com sua filha Clarissa
de cinco anos de idade.
Uma certa noite ele viu sua filha brincando com um filhote
de burro e expulsou o animal da sua chácara. Mas, nas noites seguintes a
situação se repetia. Então, a menina disse-lhe:
- Pai, deixa o burrinho ficar, pois sou muito sozinha.
- Batizarei o animal com o nome de Pinote.
Assim o homem acatou o pedido da criança. Porém, a partir
daquela noite, Severino passou a ter pesadelos estranhos. Pois, ele sonhava com
bandidos atacando seu sítio. Porém, seu falecido pai sempre saía do meio daquela
confusão e dava o seguinte conselho:
- Nossa família tem uma maldição. Portanto, para fugir desta
praga, abandone a chácara, vá para o Sul, leve sua filha e o burrinho. Pois,
fui eu que mandei este animal do Umbral, onde estou, para protegê-los.
Deste jeito, Severino resolveu viajar com sua filha e Pinote
para o Sul do país. Assim, ele chegou à Curitiba e comprou um sítio, onde hoje
é um pedaço do bairro chamado Tarumã. O
problema é que o animal passou a mudar de comportamento, pois ele não ficava mais
ao lado de Clarissa, e, sim na estrada correndo atrás das pessoas.
Pinote ficou tão famoso por causa da sua personalidade forte
que aquela região foi apelidada de Bairro do Burro Bravo.
Uma noite, ladrões pretendiam assaltar o sítio, mas foram
atacados por este animal, que levou cinco tiros, mas não morreu.
O tempo passou e quando Clarissa completou dezoito anos, ela
pegou tuberculose e morreu. Depois deste dia, seu animal de estimação entrou em
depressão, não conseguia comer e faleceu de inanição.
Porém, alguns dias depois, certas pessoas que passavam em
frente à chácara afirmaram que foram atacadas por um burro prateado e
transparente, que juravam ser o fantasma do bicho que faleceu.
O tempo passou e naquela região surgiu uma Avenida chamada
Victor Ferreira do Amaral. Até hoje, dizem que nesta rua, nas madrugadas de Lua
cheia, os motoristas vêem o fantasma de um burro transparente e por isto tem
muitos acidentes, mesmo num horário onde o trânsito é folgado.
O Burro Brabo e o Lobisomem do Tarumã:
Reza a lenda que, nos anos 60, um caminhoneiro com sua
esposa e o filho de dois anos de idade alugaram uma casa do bairro Tarumã em
Curitiba. Logo, no começo, os vizinhos passaram a achar esta família estranha,
pois o homem era calado e a mulher com sua criança pequena não saiam de casa.
Além disto, já no primeiro mês no novo bairro, o homem passou a tocar bumbo
todas as sextas-feiras das vinte e duas horas até a meia-noite.
O problema é que a partir da vinda destas pessoas ao bairro,
fatos estranhos começaram a acontecer: um vigilante que estava andando de
bicicleta atrás do jóquei, do bairro Tarumã, relatou às autoridades que foi
atacado por um monstro, numa noite de Lua Cheia, e o retrato falado do bicho
parecia o desenho de um lobisomem.
Uma certa madrugada, também, de Lua Cheia um cavaleiro
decidiu andar à cavalo, no Jóquei Clube, junto com sua namorada, com o objetivo
de pedir sua mão em casamento montados em cima do animal.
Porém, no momento mais romântico do casal, quando o jóquei
mostrou um anel de noivado a sua amada, um monstro pulou em cima dos dois,
fazendo com que o cavalo caísse. O eqüino e a moça conseguiram escapar. Mas, o
cavaleiro ficou todo ensangüentado e precisou ser levado ao hospital.
Numa outra noite de luar, Sara saiu de sua aula noturna e
decidiu atravessar a Avenida Vitor Ferreira do Amaral. Quando, de repente,
notou que estava sendo seguida por uma espécie de cachorro gigante e começou a
gritar por socorro. De repente, apareceu o fantasma de um burro transparente,
que emitiu raios em direção ao monstro, fazendo com que ele caísse no chão.
A garota ao chegar em casa relatou o fato à sua família, que
informou o caso às autoridades competentes. No dia seguinte, a polícia saiu em
busca do tal famoso lobisomem do Tarumã.
Porém naquele mesmo instante o estranho caminhoneiro e sua
família fugiram do bairro. Depois da mudança destas pessoas, não apareceram
mais relatos sobre este lobisomem.
Luciana do Rocio Mallon
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