sexta-feira, 14 de março de 2014

O céu azul não era
Dessa cor, antigamente;
Era branco como um lírio,
Ou como estrela cadente.
Florbela Espanca


Céu de rosas desfolhadas por Apeles
E sol mãos de assassino a pousar
Nas felizes casas brancas do mar

Amar esquecer amar esquecer
Amar de novo, esquecer outra vez
Restos da ave de aço em seu túmulo

A luz bruxuleia e Espanca
A chuva ainda é velha amiga
O céu se abre em lírios e estrelas
Flor bela ainda nos sussurra:

“Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento”

Bárbara Lia\poema da série "Musas de Acetileno"


Nenhum comentário: