ter muitas mãos e muitos dedos e não conseguir apanhar os
próprios medos, nem unzinho , nem beliscando o cabelo deles, nem apertando a
boca deles com as palmas das muitas mãos, nem torcendo o pescoço deles com os
muitos dedos. é medo escapulindo daqui, dali, com seus desprezíveis corpezitos
bailarinos e escorregadios à procura de uma artéria, uma veia, um ossinho, um
espaço onde se alojar alongadamente nem que seja no mindinho de uma das muitas
mãos dos muitos dias que ainda hão de vir.
Lázara Papandrea
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