Achou que possuía o dom de prever o futuro nas manchas da
aquarela. Percebeu que as formas aleatórias compunham histórias. Alguns amigos,
quando souberam da novidade, o visitaram no ateliê. Outros consultaram na
cidade mesmo. Pintou aquarelas para diversas pessoas e consulentes. As manchas
sugerem signos – paisagens, objetos, rostos, animais, edifícios, cidades. O
problema é que, como a aquarela, o futuro é fluido, líquido e incerto.
Modifica-se a cada nova aquarela que alguém pinta, tentando decifrá-lo.
Fabiano Vianna
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