Andar nas nuvens
perder o chão.
Trocar a vaca magra
por um pé-de-feijão.
Tem ouro dando canja,
um castelo acima.
O gigante acorda
sob o som da rima.
Sou como todos
o mesmo João,
o tópico utópico
de toda noção.
Sou como todos
o mesmo João,
hipotético e patético,
luz de imaginação.
Mal te vi lá de cima,
tudo ficou pequeno.
Ontem peguei
uma gripe, um sereno,
uma galinha gorda
de ovo amarelo.
Aí bati a asa,
aí bati o martelo.
Cidadão das nuvens
Renato Silva
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