terça-feira, 31 de julho de 2018

como o jazz




no dia em que o conheci, o menino comprou todos os meus livros. no outro, levou a namorada linda para me apresentar. em outros, um amigo, a quem chamava de irmãozão.

conversa vai, conversa vem, concluí que gostava de meu trabalho, embora nunca tenha emitdo uma opinião objetiva.

ontem, distraidamente , num papo sobre temas diversos e diletantes, ele me disse a coisa mais bela que meu coração poderia escutar : "seu texto é negro como o jazz."

aquilo me deu outra vida, e eu a vivi como um cello de yo yo ma ecoando nas paredes do mundo.

(baú de miudezas, sol e chuva, Cidinha Da Silva, , mazza edições, 2014


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