terça-feira, 31 de julho de 2018

Meu tempo humano




Atravessei os desertos dos olhos
E juntei os pedaços do universo
Colecionei despedidas e palavras
Colecionei as verdades da lágrima
Em minha soberba encabrestei o sol
Durante milênios estive cercado de solidões
E interpretei corpos iletrados com a
Inteligência da dança.

Eu sim, virei o disco riscado
Do ego
Em tempos de "mp3".

Anacronias são poucos tacapes
Da beleza da guerra
Que não há no sangue

Gostaria de me sepultar o desejo
Na letra

Voaria por sobre o capim mascado
Que perfumou os espíritos

Da humanidade da bomba,
Da espada, do palavrão

Do tapa.

Veriam os olhos a cor
Pois não veem a si no
Espelho das águas da vida

Reverberara luta como se
Obrigação o punho sobre a mesa
Num escritório da destruição
Em massa

A tudo que chamou

Perfeição.
ACM

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